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Menina mulher: o short de verão*

É férias, e mais uma vez estou viajando.

Menina mulher: o short de verão*

Meninas e Mulheres, sou uma mulher de 32 anos e observando o que vou contar agora, vejo o reflexo do que as mídias nos impõe e expõe.

Ontem a tarde, estava no Parque Nacional Tayrona em Santa Marta especificamente no  Cabo San Juan, a parte mais movimentada e cobiçada por todos, e observando as meninas e mulheres de biquíni vejo a vergonha de uma em estar de short na praia, que em vez de aproveitar o sol e o bronze do biquíni, tenta cobrir seus traços e “defeitos” debaixo de um pano que nada esconde.

Menina mulher: o short de verão*
Menina mulher: o short de verão*. Parque Nacional Tayrona –  Santa Marta – Colômbia Foto: Jôviajou

Isso me faz lembrar as visitas técnicas de turismo com meus alunos nas cachoeiras e praias da minha cidade.

Vejo essa menina fazendo a mesma coisa aqui na Colômbia, mesmo não sabendo sua nacionalidade se achando gorda, e tirar o short, jamais!

Sentada no chão em cima da minha canga, eu já sem meu short de verão, olho pra minha barriga e penso: nossa, eu já fui assim?

Eu, nada em “forma” continuo a observar e lembro, quantas mulheres no mundo inteiro tem vergonha da forma e “defeitos” dos seus corpos, e que estando num lugar como esse deviam só aproveitar.

Meninas e Mulheres, de tudo que observo já passei, já senti e muitas vezes também não tirei o short de verão. E assim, me divirto muito observando e rindo sozinha lembrando de mim e das minhas alunas.

Essa cena invade minhas memórias e seu jeito de agir me faz rir do passado, mas mesmo assim, fico atordoada ao ver a cena.

Não lembro o momento exato que passei a tirar o short de verão sem ter vergonha das minhas curvas “defeituosas” nem quando deixei de ser a adolescente envergonhada para uma mulher que só quer viver o momento, independente da celulites, gorduras ou estrias que tem.

Foi observando, que percebi, que além de você tirar a roupa por último foi a única menina que ficou de short, e que mesmo com o short de verão, senta na areia de forma a cobrir a barriga e qualquer coisa que possa parecer “mais”.

A canga que era para areia, você puxa, e uma parte, coloca na barriga; em pé, mais uma vez, faz gestos e formas puxando o short de verão para cobrir algo que dá flacidez, celulites talvez tenha saltado ao ir mergulhar no mar.

Nesse mesmo puxa, enrolada, coloca e tira, sem jeito, fica sem conseguir tapar tudo e vai se esquivando para cobrir o que não quer mostrar.

Para confirma a insatisfação de algo consigo, é comprovado ao fazer aquele self e pedi pra ficar atrás e “cortar” a barriga, se postar no insta “mostrar” para aprovar, e assim continua ali sem jeito com o short de verão puxando o resto de pano que tem, e se escondendo de não sei o que, talvez de si mesma.

Sempre digo para as minhas alunas – gente, vivam e esqueçam disso – eu já fui assim e depois a gente aprende, mas como pular essa fase?

Queria poder dizer que isso é só mais uma fase e espero que um dia como eu fiz e não lembro quando, talvez depois de ser mulher você apenas tira o short de verão e vive o momento com todos os seus “defeitos”.

Eu fui a menina do short de verão um dia e fui as minhas alunas também. E até já me senti bem, pôr as vezes estar com pessoas que não tinha o corpo melhor que o meu, e estava lá se divertindo.

Agora não sou nenhuma nem outra, escolhi simplesmente viver em vez de me preocupar com celulites, estrias e outra coisa.

Em cima de uma canga, com protetor solar, um fone de ouvido, o celular e o livro na mão que nos seus dezessete anos, talvez. Você pode ter certeza que é uma das melhores fases para aproveitar perdendo o juízo ou não.

Mesmo distante, e te observando, percebi que tem outras qualidades que deixa de mostrar pelo simples fato de estar perdendo tempo escondendo-se por baixo de um short de verão.

Esses “defeitos” que você tenta esconder e se envergonha é lindo, pelo simples fato de estar vivendo de ser jovem e é ele que te apresenta para outros que te amam.

Eu, com 32 anos posso dizer que sentada nessa areia da praia com biquíni e mostrando todos os meus “defeitos” posso afirmar, que hoje me amo mais que ontem e que um dia você não vai se preocupar com sua aparência, se aceitar e se amar.

Dessa forma, as pessoas também iriam te amar mais e te enxergar além daquele “defeito” de cada celulite, gordura, dobras, estrias e curvas que você esconde e acha ter. Pois, se alguém te amar só pelo seu corpo jamais irá te merecer.

Nas lembranças que passam entre minha adolescência, alunas adolescentes e agora você aqui na Colômbia, mesmo sem saber seu nome ou nacionalidade.

Menina mulher, você é você, bela com suas imperfeições e perfeições. Se um dia casar com alguém, esse alguém vai te amar do jeito que é, se um dia tiver filhas, a sua única preocupação vai ser ela e como ela vai se portar diante do seu biquíni por baixo de um short de verão.

Menina mulher: o short de verão*
Menina mulher: o short de verão*. Eu, com meu short de verão. Nessa foto estava registrando as paisagens, mas pra pegar um sol e mergulhar a gente tira. Foto: Colombiana Legal que esqueci o nome.

A gente é menina e também mulher, mas tudo que tenho para concluir garotas, que a gente merece se amar mais e se alguém não te amar como é, não adianta insistir, parte para outra, pois nós temos que ser amada pelo o que somos e não como somos.

O que somos? Um ser cheio de vida e amor? Ou um pedaço de corpo amostra com uns “defeitinhos”, que não existem?

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*história baseada em experiência reais de viagem

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